Rio de Janeiro-RJ: Ato de (des)comemoração do Golpe de 64 e pela Libertação dxs Presxs Políticxs
Nesse dia 1º de Abril, data (des)comemorativa do Golpe de 64 e pela Libertação dxs Presxs Políticxs, ocorreu o protesto em repúdio a um dos períodos mais marcante de ditadura no Brasil.
O ato convocado pela Frente Independente Popular - FIP saiu da ALERJ, onde também ocorria uma manifestação de todas as categorias da educação em repúdio aos vários cortes e o sucateamento do setor. Os educadores deram espaço para que representante da FIP falassem ao microfone, enquanto ativistas cantavam palavras de ordem contra a ideologia capitalista que visa o lucro de uma pequena parcela da sociedade em detrimento dos direitos mais básicos, como a educação. Os gritos também repudiavam a perseguição aos ativistas que militam contra o governo e o sistema vigente.
Após os educadores declararem encerrada sua manifestação que ocorrera durante a tarde, os ativistas seguiram em direção ao Clube Militar localizado na Cinelândia.
Durante o trajeto, a polícia acompanhou a passeata fazendo um cordão de isolamento que, além de ter um caráter intimidador, também dificulta a visibilidade do ato que tem por objetivo a manifestação pública de suas reivindicações. Tal prática, bastante controversa, já vem sendo praticada pela PMERJ desde o início do ano.
As palavras de ordem continuavam, repudiando a ideologia militar relacionado à ditadura de 64 e a ditadura atual restrita às comunidades mais pobres, aos negros, indígenas e aos perseguidos politicamente por atuarem diretamente contra o estado opressor e suas injustiças.
Ao chegar ao Clube Militar, os gritos em repúdio ao regime fascista se intensificou, alguns manifestantes então, jogaram 3 garrafas com tinta vermelha (pelo vídeo pode-se ouvir 3 impactos de garrafa) contra a parede do Clube Militar.
Os policiais iniciaram agressões indiscriminadas contra os manifestantes e detiveram 4 ativistas que estavam na parte frontal da manifestação próximo aos policiais segurando faixas.
Alguns dos ativistas sob detenção ainda gritavam contra a repressão, fazendo lembrança ao período militar. Um deles chega a gritar enquanto é algemado: "Esse é o fascismo! O que fazem é apertar as algemas para que calem nossas vozes".
Apesar de ninguém ter se ferido com as garrafas atiradas contra a parede, muitos foram atingidos por golpes de cassetetes por policiais. Um major, identificado como Heitor, alegou ter sido ferido pelas garrafas e apresentou o braço sujo de tinta vermelha, o que levou algumas pessoas ao riso.
Os ativistas detidos foram levados para a 17ª DP e liberados algumas horas depois.